Saúde
Edital de iniciativas inovadoras para o SUS recebe 74 inscrições

O edital para o Laboratório de Inovação em Saúde (LIS) do Programa Mais Médicos recebeu 74 propostas que promovem a melhoria dos serviços e processos de trabalho da Atenção Primária à Saúde (APS) no Sistema Único de Saúde (SUS). A estratégia é uma ação do Ministério da Saúde em parceria com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS).
Nesse resultado preliminar, 50% das submissões são da região Nordeste, seguida de 21% da região Nordeste, 14 % no Sudeste. 8% no Sul e 4% no Centro-Oeste. Em relação ao perfil de proponentes, 75% são propostas dos médicos do Programa. Os outros 25% são iniciativas de gestores municipais e membros das equipes de Saúde da Família ou de Atenção Primária.
“O edital superou as nossas expectativas e estamos muito felizes com o engajamento das equipes, pois o objetivo do Laboratório é justamente dar luz às boas práticas que acontecem todos os dias nas unidades de saúde, muitas vezes fruto do engajamento de trabalhadoras e trabalhadores do SUS para ampliação do acesso com qualidade na Atenção Primária”, destacou Grasiela Araújo, coordenadora-geral de Planejamento, Avaliação e Dimensionamento de Profissionais para o SUS.
As experiências foram divididas entre cinco eixos temáticos e receberam as seguintes inscrições:
-
Integralidade e Ampliação do Escopo de Ações na Atenção Primária à Saúde (APS): 19
-
Fortalecimento do Vínculo Territorial e Longitudinalidade no Cuidado em Saúde: 17
-
Integração Ensino-Serviço e Desenvolvimento da Formação em Saúde no Território: 14
-
Promoção da Equidade no Cuidado em Saúde para Populações Específicas: 14
-
Participação Popular e Abordagem Comunitária na APS: 10
Nesta etapa, as propostas serão analisadas pelo Comitê Avaliativo e Consultivo do LIS do Programa Mais Médicos, formado por pesquisadores, professores acadêmicos e representantes do Ministério da Saúde e da OPAS, que realizarão a análise e avaliação das experiências inscritas.
Serão consideradas a adequação da proposta aos objetivos e eixos do edital, o alinhamento com atributos da Atenção Primária, reconhecimento de soluções e estratégias locais para os desafios do PMM e potencial de replicabilidade ou adaptação da experiência, entre outros.
O resultado está previsto para 18 de julho. Todas as etapas e publicações do edital podem ser acompanhadas pela página do chamamento público.
Anna Iung
Ministério da Saúde
Fonte: Ministério da Saúde

Saúde
SUS vai ofertar novos tratamentos para inibir progressão da endometriose e melhorar qualidade de vida das pacientes

Mulheres com endometriose – condição ginecológica inflamatória crônica que ocasiona o crescimento do tecido que reveste o útero fora da cavidade uterina – vão contar com mais duas opções de tratamento de base hormonal no Sistema Único de Saúde (SUS). Recém-incorporados na rede pública pelo Ministério da Saúde, o Dispositivo Intrauterino Liberador de Levonogestrel (DIU-LNG) e o desogestrel trarão benefícios importantes para as pacientes.
O DIU-LNG suprime o crescimento do tecido endometrial fora do útero, sendo uma opção para mulheres com contraindicação ao uso de contraceptivos orais combinados (COCs). A nova tecnologia pode melhorar a qualidade de vida das pacientes, uma vez que sua troca só é requerida a cada cinco anos, o que contribui para aumentar a adesão ao tratamento.
Já o desogestrel pode reduzir a dor e dificultar a progressão da doença. Trata-se de um anticoncepcional hormonal que atua principalmente inibindo a ovulação. Ele age bloqueando a atividade hormonal, que impede o crescimento do endométrio fora do útero. Esse medicamento poderá ser usado como primeira linha de tratamento, ou seja, pode ser prescrito já na avaliação clínica até que o diagnóstico se confirme por meio de exames.
“Mais do que inovação, estamos falando de garantir cuidado oportuno e eficaz para milhares de mulheres que convivem com a dor e o impacto da endometriose em seu dia a dia. A oferta desses dois tratamentos representa, acima de tudo, qualidade de vida para as pacientes e um avanço relevante na atualização tecnológica do SUS — fruto de um processo criterioso, conduzido com base nas melhores evidências científicas pela Conitec”, afirmou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
O DIU-LNG e o desogestrel foram incorporados pelo Ministério da Saúde, por meio da Portaria SECTICS/MS N° 41/2025 e da Portaria SECTICS/MS N° 43/2025, depois de receberem recomendação favorável da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec). Vale destacar que, para estarem disponíveis na rede pública de saúde, é necessário o cumprimento de etapas necessárias, como a atualização do Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) da Endometriose.
Atendimentos na Atenção Primária e Especializada
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a endometriose afeta cerca de 10% das mulheres e meninas em idade reprodutiva no mundo todo, representando mais de 190 milhões de pessoas. No Brasil, o SUS oferece atendimento integral a pacientes com a doença, tendo registrado um aumento de 30% na assistência relacionada ao diagnóstico da endometriose na Atenção Primária na comparação entre 2022 (115.131 atendimentos) e 2024 (144.97). Nos dois últimos anos (2023-2024), foram mais de 260 mil atendimentos.
Já na Atenção Especializada, o SUS registrou aumento de 70% no número de atendimentos por endometriose, passando de 31.729 em 2022 para 53.793 em 2024. Nos dois últimos anos (2023 e 2024), foram registrados 85,5 mil atendimentos. Também houve um aumento de 32% nas internações pela doença, que passaram de 14.795 em 2022 para 19.554 em 2024. No mesmo período (2023 e 2024), o total foi de 34,3 mil internações.
Saiba o que o SUS já oferece
Na rede pública de saúde, as mulheres contam com tratamento clínico e cirúrgico.
No primeiro caso, é ofertada terapia hormonal, como o uso de progestágenos e medicamentos hormonais, como contraceptivos orais combinados (COCs) e análogos do hormônio liberador de gonadotrofinas (GnRH). Além disso, analgésicos e anti-inflamatórios podem ser utilizados para controle da dor. Vale destacar que as mulheres também contam com acompanhamento multidisciplinar.
Nos casos em que a cirurgia é indicada, estão disponíveis procedimentos como videolaparoscopia, técnica minimamente invasiva para a remoção de focos de endometriose, também usada para diagnóstico quando necessário; a laparotomia, cirurgia aberta para casos mais complexos; e a histerectomia, que consiste na remoção do útero, sendo recomendada apenas em situações específicas e após avaliação criteriosa.
Nas mulheres que têm a doença, o tecido semelhante ao endométrio (que reveste o útero) cresce fora do útero em órgãos como ovários, intestino e bexiga, o que causa reações inflamatórias. Cólica menstrual intensa, dor pélvica crônica, dor durante a relação sexual, infertilidade e queixas intestinais e urinárias com padrão cíclico estão entre os principais sintomas da endometriose.
Ministério da Saúde
Fonte: Ministério da Saúde
-
Destaque5 dias atrás
CNJ derruba edital do TJ-MT por ferir princípios da administração pública
-
Policial5 dias atrás
Após mais de uma década escondido, polícia prende em supermercado de VG o maior líder do PCC fora das prisões
-
Polícia Federal6 dias atrás
Chileno procurado pela Interpol é capturado pela PF em hotel de Cuiabá
-
Cidades5 dias atrás
Servidor é dispensado após se masturbar em gabinete da Prefeitura no interior de MT
-
Policial7 dias atrás
Polícia Civil divulga relações de vagas disponíveis para lotação dos novos delegados, escrivães e investigadores
-
CUIABÁ6 dias atrás
Gonzaga rompe o silêncio, denuncia clima tóxico na Câmara e abandona cargo antes do previsto
-
Destaque4 dias atrás
Justiça manda Facebook a indenizar comerciante por golpe com perfil hackeado
-
EDUCAÇÃO2 dias atrás
Mais de 80% dos estados aderiram à Prova Nacional Docente