Política Estadual

Deputado cobra apuração detalhada de escândalo envolvendo consignados

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Os integrantes da Mesa Técnica que discute o superendividamento do funcionalismo público estadual reuniram-se no último dia 12, no Tribunal de Contas do Estado (TCE), com representantes de empresas consignatárias conveniadas ao Governo de Mato Grosso, por meio da Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag). A Assembleia Legislativa participou do encontro, representada pelo deputado estadual Wilson Santos (PSD), que destacou a importância de apuração detalhada dos contratos firmados com os servidores públicos estaduais.

“O Tribunal de Contas tem sido essencial para esclarecer essa situação e ainda estamos longe do fim, mais revelações virão à tona. Vivemos em um capitalismo selvagem e nenhum setor é mais agressivo que o bancário. Mais de 50% do orçamento da União é destinado ao sistema bancário nacional. Nada se compara aos bancos. A pior coisa do mundo é um banco mal administrado. No caso dos consignados, parece que se aproveitaram do estado de necessidade dos servidores, que vêm perdendo poder aquisitivo ano após ano, como pela falta de reposição da RGA (Revisão Geral Anual dos salários dos servidores públicos) e pelos impactos da Covid-19. Em minha visão, houveram cláusulas abusivas”, afirmou o parlamentar.

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Segundo ele, o super endividamento está diretamente relacionado ao momento de fragilidade financeira enfrentado pelos servidores. “Houve suicídios, fim de casamentos, venda de patrimônios por valores irrisórios. E, nesse cenário, surgiram maus vendedores que se aproveitaram da situação para aplicar contratos que muitos servidores sequer viram fisicamente. Toda relação contratual deve ser pautada pela boa fé. Não somos contra o empréstimo consignado. Quando necessário, o servidor pode e deve recorrer a ele. Não há nenhum projeto tramitando que proíba essa prática”, esclareceu Wilson.

Atualmente, a Seplag controla 28 bancos autorizados a realizar empréstimos consignados, 12 a operar com cartão de crédito consignado e 25 com cartão de benefício. No entanto, 19 empresas convocadas para a reunião não compareceram. Na reunião, o presidente do TCE definiu que essas instituições terão até o dia 30 de junho para apresentar todos os contratos firmados com os cerca de 62 mil servidores efetivos que utilizam consignados, de um total de 104 mil no Estado. “As consignatárias estão tendo a oportunidade de corrigir eventuais irregularidades, respeitando a legalidade e garantindo transparência aos servidores”, afirmou o deputado.

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Wilson Santos foi enfático ao dizer que se não resolverem a situação dentro de Mato Grosso, o caso poderá se tornar de conhecimento nacional. “Se vocês não tiverem coragem de dar um passo atrás, abrir mão de parte destes ganhos em favor dos servidores, vamos percorrer suas principais bases São Paulo, Minas Gerais, Brasília, Paraná, Rio de Janeiro e vamos dizer em alto e bom som o que vocês fizeram em Mato Grosso. Esse assunto ainda não chegou na mídia nacional, mas pode chegar. Eu sei onde aperta o calcanhar. Mato Grosso é insignificante, pequeno, no volume que essas empresas trabalham”, detalhou.

O deputado ressaltou que as empresas consignatárias terão o tempo para fazer as devidas correções e, que o servidor público, não será perdoado das dívidas com os empréstimos realizados. “Se foi emprestado, dentro da legalidade e nos conformes, vai pagar sim. É uma atividade que não há riscos nenhum, pois o servidor público recebe adiantado dentro do mês. Risco zero! Zero inadimplência, pois eles recebem antecipado, dentro do mês”, finalizou.

Fonte: ALMT – MT

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Deputado Valmir Moretto propõe solução emergencial para garantir tráfego e escoamento agrícola em Vila Bela

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Durante sessão plenária da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), realizada na manhã desta quarta-feira (9), o deputado estadual Valmir Moretto (Republicanos) apresentou uma proposta para enfrentar a situação emergencial do município de Vila Bela da Santíssima Trindade (a 523 km de Cuiabá), que teve sua principal ponte interditada pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). A interdição foi determinada por meio da Portaria nº 3.922, publicada no início de julho pela União.

Diante da deterioração estrutural da ponte, que representa risco à segurança da população, o DNIT restringiu o tráfego de veículos com peso superior a 30 toneladas e estabeleceu o prazo de 60 dias para a construção de uma passagem provisória de madeira. O deputado Valmir Moretto defendeu a adoção de uma solução emergencial que atenda, inclusive, à necessidade de garantir o escoamento da produção agrícola do município, atualmente comprometido pela interdição.

“Propus ao DNIT que seja realizado o uso de balsas e rebocador. Acredito que essa é uma pauta que devemos levar para Brasília”, defendeu o parlamentar. Segundo ele, “somente em 2023, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o município de Vila Bela da Santíssima Trindade, produziu 393 mil toneladas de grãos, ocupando a 65° posição no ranking estadual. Em termos econômicos, o valor da produção agrícola atingiu R$ 704 milhões.”, pontuou o republicano na sessão ordinária desta quarta.

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Para o deputado Valmir Moretto, a interdição da ponte por 60 dias para veículos com peso superior a 30 toneladas pode impactar negativamente o setor agrícola local, especialmente neste período de final de safra. Embora o DNIT tenha proposto a construção de uma ponte de madeira como solução provisória, o parlamentar aponta que a obra dificilmente será concluída dentro do prazo estipulado, devido à falta de recursos que o Departamento enfrenta.

Foto: Luiz Alves/ALMT

De acordo com a determinação do DNIT, a restrição tem como finalidade preservar a integridade da estrutura existente e garantir a segurança dos usuários da BR-174, uma das principais rotas de ligação da região oeste de Mato Grosso com o restante do estado. A portaria também prevê que, caso haja agravamento nas condições estruturais, o tráfego poderá ser totalmente interditado.

De forma excepcional, a normativa autoriza o tráfego de veículos acima do limite estabelecido, desde que haja solicitação formal ao DNIT e emissão da Autorização Especial de Trânsito (AET), com base em critérios técnicos definidos por órgãos como o Inmetro.

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Em articulação com a bancada federal e o Governo do Estado, o deputado Valmir Moretto anunciou que levará a demanda à sede do DNIT, em Brasília, com o objetivo de buscar uma solução que minimize os impactos à população local e ao setor do agronegócio.

Fonte: ALMT – MT

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