Mulher

COP 30: Ministério das Mulheres cria grupo de trabalho para fomentar iniciativas de gênero no contexto climático

Publicados

em

O Ministério das Mulheres instituiu o Grupo de Trabalho Mulheres na COP 30, nesta quarta-feira (16), por meio da Portaria 61. O colegiado irá debater, formular, coordenar e elaborar estratégias técnicas e políticas de gênero no contexto da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima – a COP 30, que acontecerá em novembro em Belém do Pará (PA). O relatório final do grupo será encaminhado para a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, com um repertório de atividades específicas para as mulheres brasileiras na conferência.

“De maneira geral, o Ministério das Mulheres pretende reunir o Estado e a sociedade civil para refletirem sobre estratégias mais eficientes de participação e de empoderamento das mulheres nas posições de lideranças no combate às mudanças climáticas, além de mecanismos que possam assegurar a sobrevivência física e cultural dos grupos de mulheres que vêm sendo gravemente afetados pelos transtornos ocasionados pela crise climática”, pontuou a secretária nacional de Articulação Institucional, Ações Temáticas e Participação Política, Fátima Cleide.

O colegiado terá duração de 180 dias e poderá ser prorrogado por ato da ministra. Entre as atividades do grupo estão:

Leia Também:  3º Relatório de Transparência Salarial: mulheres recebem 20,9% a menos do que os homens

– Formular e desenvolver ações estratégicas que viabilizem a participação das mulheres em sua diversidade na COP 30;

– Articular ações junto a parceiros nacionais e internacionais para viabilizar a participação de grupos de mulheres na COP 30;

– Desenvolver ações de escuta com as diversas iniciativas existentes de defensoras climáticas e ambientais para exposição dos trabalhos das mulheres;

– Coordenar a organização do Pavilhão das Mulheres durantes os dias de realização da COP 30;

– Coordenar os eventos paralelos que serão realizados no pavilhão das mulheres durante a COP 30; e

– Organizar a exposição sobre o Planeta Fêmea.

O grupo será coordenado pela conselheira diretora da Themis: Gênero, Justiça e Direitos Humanos, Denise Dourado Dora, e conta com a secretária Nacional Fátima Cleide e com a  assessora do Gabinete Ministerial Maria Jocicleide de Aguiar. A comissão poderá convidar especialistas e representantes de outros órgãos e entidades, públicos e privados, para participar de suas reuniões. 

Mulheres e mudanças climáticas
O MMulheres participa do Comitê Interministerial sobre Mudança do Clima (CIM) relacionado à Política Nacional sobre Mudança do Clima (PNMC) e da Estratégia e Plano de Ação Nacionais para a Biodiversidade (EPAN). Por meio do Observatório Brasil da Igualdade de Gênero (OBIG), a pasta está se organizando para disponibilizar dados atualizados sobre gênero, meio ambiente e mudanças climáticas para auxiliar no planejamento de ações participativas junto à sociedade brasileira e aos governos locais.

Leia Também:  Diretores da AEDIC abraçam campanha de MT contra violência às mulheres

Além disso, o Ministério das Mulheres realizou os seminários “Meninas e Mulheres no Protagonismo da Justiça Climática”, mulheres plurais e de diferentes territorialidades debateram sobre o tema para que sejam produzidos insumos que servirão para construção dos posicionamentos estratégicos da pasta na agenda climática.

 

Fonte: Ministério das Mulheres

COMENTE ABAIXO:

Mulher

Ministério das Mulheres e UnB lançam curso para implementação do Protocolo Não é Não

Publicados

em

Por

Nesta sexta-feira (16), a ministra das Mulheres, Márcia Lopes, participou do lançamento do curso de extensão Circuitos Não é Não, uma parceria entre o Ministério das Mulheres e a Universidade de Brasília (UnB). A formação está em consonância com a Lei 14.786/2023, que instituiu o Protocolo Não é Não e tem por objetivo capacitar trabalhadoras e trabalhadores de estabelecimentos de lazer com venda de bebida alcoólica como bares, restaurantes e casas noturnas com as diretrizes para a prevenção ao constrangimento à violência contra a mulher.

“Essa parceria com esse time engajado vai fazer a diferença no Brasil, não tenho dúvidas. Essa formação vai integrar as pessoas que trabalham em estabelecimentos de lazer na prevenção contra todo tipo de violência contra as mulheres. Quero agradecer a professora da UnB e coordenadora do projeto, Débora Diniz, e a reitora Rozana Naves, vamos levar essa proposta para todo o Brasil. É uma proposta ousada, inovadora, que demonstra para a sociedade que é preciso prevenir e fazer a defesa intransigente do direito e da dignidade das mulheres. Estou muito feliz e tenho certeza que será um projeto de longa existência”, disse com entusiasmo a ministra das Mulheres, Márcia Lopes.

A coordenadora do curso Circuitos Não é Não, Debora Diniz, salientou que os profissionais capacitados se tornarão agentes de transformação na prevenção do assédio e da violência contra as mulheres, oferecendo acolhimento adequado e encaminhamento aos serviços de saúde e justiça, se assim a vítima desejar. Ela agradeceu a parceria e disse que o Ministério das Mulheres, o empresariado e a universidade pública demonstra suas forças por um bem comum.

“Os Circuitos têm uma proposta de treinamento de alcance nacional para um curso online, gratuito, de curta duração, mas voltado para essa população, que são as pessoas trabalhadoras desses espaços de lazer, onde possam acontecer situações de violência contra as mulheres”, observou a coordenadora. 

Leia Também:  Instituições se mobilizam pelo Fim da Violência contra as Mulheres

Já a reitora da UnB, Rozana Naves, destacou que o curso certamente trará bons resultados práticos. “Esse curso é singular e aborda um aspecto relevante do protocolo e talvez um dos mais difíceis de se trabalhar, porque é justamente nos momentos de lazer e interação social, em que aparentemente os limites podem ser rompidos e a gente sabe bem que esse é um campo que deve ser olhado com muita clareza e cuidado. Temos certeza, pela natureza do trabalho da professora Débora, que a formação que vai ser levada à sociedade é de uma qualidade intensa e que vai ser muito bem compreendida pelas mulheres, pelos homens, que atuam muito fortemente nesses ambientes”, considerou a reitora.

O curso é fruto do Acordo de Cooperação Técnica firmado em março de 2025 entre o Ministério das Mulheres, por meio da Secretaria Nacional de Enfrentamento à Violência contra Mulheres, e a Fundação Universidade de Brasília e conta com a colaboração e o apoio técnico da Anis – Instituto de Bioética e da Fòs Feminista, suporte do Google.org e a parceria com o Pacto Global – Rede Brasil. 

O curso – A capacitação é gratuita, online e de curta duração. Os conteúdos são dinâmicos e baseados em cenas que retratam situações de risco frequentemente enfrentadas por mulheres em espaços com venda de bebidas alcoólicas. A trilha de aprendizagem está dividida em sete módulos e pode ser concluída em até três meses, sem exigência de formação mínima para a realizar a matrícula. As pessoas que concluírem o curso serão certificadas pela Universidade de Brasília.

Estarão disponíveis, inicialmente, 6 mil vagas e as inscrições e aulas ocorrerão por meio da plataforma Moodle, pelo link disponível no site circuitos.org.br. No site também será possível baixar materiais para aperfeiçoamento e treinamento mútuo, bem como cartazes e folders que podem servir de inspiração ou mesmo que sejam utilizados e fixados em locais visíveis dos estabelecimentos, conforme exige a lei.

Leia Também:  Lei irá punir quem discriminar estudantes mães em processos seletivos de bolsa de estudo

A pessoa participante do curso conhecerá sobre o protocolo e sua aplicação prática e poderá atuar como multiplicadora, utilizando-se dos materiais de apoio disponíveis no site do curso para divulgação e implementação do protocolo nos estabelecimentos de lazer que trabalha.

Não é Não – De acordo com a legislação em vigor, locais que comercializam bebidas alcoólicas devem contar ao menos uma pessoa capacitada para agir conforme o Protocolo Não é Não. O país conta com cerca de 1,4 milhão de bares e restaurantes em atividade e quase 5 milhões de trabalhadoras/es empregadas/os no setor.

Segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, mais de 5,7 milhões de brasileiras foram abordadas de forma agressiva em festas ou baladas e mais de 4,2 milhões contaram que tentaram se aproveitar delas enquanto estavam alcoolizadas no último ano (2024). Em 2024 também foram computados 1.450 feminicídios no Brasil, além de 71.892 casos de estupro de mulheres, o equivalente a 196 estupros por dia, de acordo com o Relatório Anual Socioeconômico da Mulher (Raseam) 2025. 

O Circuitos Não é Não tem apoio da sociedade civil, do setor privado e de organismos internacionais. A iniciativa reúne governo, academia, empresas e organizações da sociedade civil. Movimento global –  A iniciativa insere o Brasil em um movimento global de ações concretas para combater a violência contra mulheres, garantindo mais segurança a elas em espaços de lazer. Na Espanha, por exemplo, há o protocolo “No Callem”, de Barcelona, e, na Inglaterra, o “Ask for Angela”.

Fonte: Ministério das Mulheres

COMENTE ABAIXO:
Continue lendo

CUIABÁ

VÁRZEA GRANDE

POLÍTICA

POLICIAL

MAIS LIDAS DA SEMANA