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Censo 2022 aponta crescimento de 70% na população migrante no Brasil

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Brasília, 27/06/2025 – A quantidade de pessoas de outras nacionalidades que residem no Brasil aumentou nos últimos 15 anos. De 2010 a 2022, essa população passou de 592 mil para mais de 1 milhão — crescimento de 70,3%. Os dados são do Censo Demográfico 2022, divulgados nesta sexta-feira (27), durante o seminário Fecundidade e Migração: Resultados Preliminares da Amostra, na Universidade de Brasília (UnB).

O evento promovido pelo Observatório das Migrações Internacionais (OBMigra), em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), contou com a presença do secretário Nacional de Justiça, Jean KIeiji Uema. As informações podem ser acessadas no portal do IBGE no Panorama do Censo. Os dados também podem ser visualizados pelos mapas interativos. A íntegra da apresentação está no canal do Youtube do IBGE.

De acordo com o secretário, compreender a dimensão e o perfil da população migrante no Brasil é essencial para construir políticas públicas bem estruturadas e baseadas em dados concretos com responsabilidade fiscal e respeito aos direitos humanos. “A atuação conjunta entre o Ministério da Justiça e Segurança Pública, o IBGE e os demais parceiros do acordo de cooperação com o OBMigra reforça esse compromisso com uma sociedade mais justa, informada e inclusiva”, afirmou.

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Os dados de migração também contribuem para combater a desinformação, o preconceito e a xenofobia. “Não podemos permitir que a migração seja explorada politicamente de forma distorcida”, completou Uema.

O diretor de Pesquisas do IBGE, Gustavo Junger, destacou que a articulação interinstitucional tem permitido o desenvolvimento de metodologias e de produtos estatísticos consistentes, como os boletins anuais e os dados incorporados à Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) “São informações essenciais para a compreensão dos fluxos migratórios e para o planejamento de políticas públicas”, explicou.

A UnB, por sua vez, é um espaço de reflexão, produção de evidências e fortalecimento de políticas públicas orientadas por ciência e por valores humanitários. A reitora da instituição, Rozana Reigota Naves, disse que a universidade está comprometida com a produção de conhecimento e com a formação de pesquisadores sensíveis às transformações da sociedade. “O fenômeno migratório é multifacetado e demanda respostas integradas e sustentadas por dados atualizados, coletados com rigor metodológico.”

Obmigra

O OBMigra é resultado do esforço do Estado brasileiro em garantir a transparência e o acesso democrático dos dados oficiais sobre migração e refúgio no Brasil com o máximo rigor científico. Isso é possível por causa do acordo de cooperação técnica entre órgãos e entidades do Governo Federal que permite a integração da base de dados sobre migração e refúgio. Participam: o MJSP, o Ministério do Trabalho e Emprego, o Ministério das Relações Exteriores, a Polícia Federal, o IBGE e a UnB.

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O coordenador do OBMigra, Leonardo Cavalcanti, afirmou que a parceria permite monitorar estatisticamente os fluxos migratórios com mais precisão. “O Censo Demográfico de 2022 é um marco importante, mas é urgente que o País avance na produção de informações de forma contínua, especialmente por meio da Pnad Contínua, que pode trazer visibilidade permanente à temática migratória e permitir a correção de distorções, como as relacionadas à desigualdade de gênero”, esclareceu.

Fonte: Ministério da Justiça e Segurança Pública

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MME avança em alinhamento técnico sobre plano setorial de mitigação para o setor de energia

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O Ministério de Minas e Energia (MME) e o Fórum das Associações do Setor Elétrico (FMASE) realizaram, nesta segunda-feira (7/07), uma nova rodada de discussões técnicas voltadas à construção das contribuições para a Consulta Pública da Estratégia Nacional de Mitigação (ENM) e do Plano Setorial de Mitigação do Setor de Energia, no âmbito do Plano Clima 2024–2035. A reunião marca mais um passo no processo colaborativo entre governo e setor elétrico com vistas à consolidação de ações que contribuam para a redução de emissões de gases de efeito estufa e para o alcance das metas climáticas do Brasil.

O encontro contou com a participação do novo secretário nacional de Transição Energética e Planejamento do MME, Gustavo Cerqueira, que destacou o compromisso da pasta com o diálogo institucional e a escuta qualificada dos agentes técnicos do setor. “Esse é um processo que exige coordenação, planejamento estratégico e uma escuta constante. Por isso, queremos que o setor esteja engajado desde a fase de construção das metas”, afirmou.

A proposta de mitigação em debate considera tanto a produção quanto o consumo de energia, com metas setoriais indicativas para 2030 e 2035. O plano prevê ações impactantes e estruturantes relacionadas à renovabilidade da matriz elétrica e energética ao aumento da eficiência energética, à descarbonização da cadeia de petróleo e gás, ao estímulo à inovação tecnológica e ao armazenamento de energia e da modernização regulatória do setor.

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A consulta pública dos planos setoriais e da ENM está prevista para ocorrer entre os meses de julho e agosto. Após esse período, as contribuições recebidas serão consolidadas e submetidas à deliberação do Comitê Interministerial sobre Mudança do Clima (CIM), com entrega da versão final prevista para outubro.

O cronograma inclui também reuniões técnicas com o Grupo de Trabalho de Mitigação (GTT) e com o Subcomitê Executivo (SUBEX), garantindo ampla participação dos setores público e privado, além da sociedade civil.

Plano Clima – 2024-2035

Principal instrumento da Política Nacional sobre Mudança do Clima, o Plano Clima 2024–2035 estabelece a estratégia de longo prazo do Governo Federal para enfrentar a emergência climática. Seu objetivo central é conduzir o país à neutralidade de emissões líquidas de gases de efeito estufa até 2050 por meio de ações articuladas entre os diversos setores da economia e da sociedade.

Dividido em duas frentes (mitigação e adaptação), o plano se estrutura em estratégias transversais e planos setoriais específicos, como o de energia. A etapa de mitigação, foco da reunião entre MME e FMASE, busca estabelecer metas por setor e definir instrumentos para viabilizar a transição energética justa e sustentável. O setor de energia, por seu peso nas emissões nacionais, ocupa papel central na trajetória de descarbonização do país.

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Assessoria Especial de Comunicação Social – MME
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Fonte: Ministério de Minas e Energia

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