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Por Nayara Cristina

A Polícia Civil de Mato Grosso confirmou nesta quinta-feira,15, a confissão de Alex Roberto de Queiroz Silva, caseiro que admitiu ter assassinado o advogado Renato Gomes Nery, de 72 anos, em julho de 2024.

A revelação foi feita durante depoimento na Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), em Cuiabá, e marcou um avanço decisivo nas investigações do caso, que envolvem uma complexa rede de articulação criminosa motivada por disputa de terras.

Segundo a polícia, Alex contou ter recebido R$ 50 mil para executar Nery, parte de um total de R$ 200 mil pagos pelo mandante.

A arma utilizada no crime foi alugada por R$ 1.500, de uma pessoa que, segundo ele, já está morta.

O homicídio ocorreu quando o advogado chegava ao seu escritório e foi baleado por Alex, que o aguardava de moto. Imagens de câmeras de segurança registraram a ação.

As investigações apontam que o policial militar Heron Teixeira Pena Vieira foi o responsável por contratar Alex, atuando como intermediador junto a outros membros da polícia e aos supostos mandantes, o casal de empresários Cesar Jorge Sechi e Julinere Goulart Bastos.

Ambos são acusados de orquestrar o assassinato para evitar que Renato transferisse propriedades rurais para suas filhas.

Julinere aceitou colaborar com a investigação, enquanto Cesar preferiu o silêncio.

Além de Alex, outras nove pessoas foram presas, incluindo quatro policiais suspeitos de tentar encobrir o crime forjando um confronto para esconder a arma do homicídio.

As autoridades também confirmaram que o plano começou a ser articulado em abril de 2024, com a locação de uma chácara usada como base para os envolvidos.