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Capacitação do MJSP aborda os riscos dos criptoativos para a corrupção e a lavagem de dinheiro

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São Paulo, 04/06/2025 – Começou na terça-feira (3), na capital paulista, mais uma edição do Programa Nacional de Capacitação e Treinamento para a Recuperação de Ativos e o Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro (PNLD). Serão capacitados 115 agentes públicos no enfrentamento aos crimes econômicos e financeiros, com foco nos desafios trazidos pelos criptoativos, como moedas virtuais, tokens e NFTs (certificado digital, registrado em uma blockchain). Aulas seguem até quinta-feira (5).

A programação inclui aulas teóricas e exercícios práticos de rastreamento de ativos ilícitos e de prevenção à lavagem de dinheiro. A iniciativa do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), por meio da Secretaria Nacional de Justiça (Senajus), é promovida em parceria com a Polícia Civil do Estado de São Paulo, na sede da Academia de Polícia Doutor Coriolano Nogueira Cobra (Acadepol).

Na abertura do evento, o coordenador-geral de Articulação Institucional do Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI), Bernardo Mota, apresentou as diretrizes da Estratégia Nacional de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro (Enccla) e o papel da Rede Nacional de Laboratórios de Tecnologia para o Combate à Lavagem de Dinheiro (Rede-Lab). Segundo ele, a capacitação técnica é um dos pilares da atuação integrada entre as instituições.

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“O enfrentamento à lavagem de dinheiro e à corrupção exige uma atuação coordenada entre os Poderes e as esferas federativas. O PNLD é uma ferramenta essencial para fortalecer essa cooperação técnica e capacitar agentes públicos com foco na efetividade das ações e na destinação social dos recursos recuperados”, afirmou Mota.

A programação conta com palestras de especialistas como o promotor de Justiça do Rio de Janeiro (RJ) Fabiano de Oliveira; o diretor de Inteligência Financeira do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), Marcelo Henrique de Ávila; e representantes da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e do Banco Central do Brasil. O curso inclui painéis, estudos de caso e exercícios práticos. A capacitação também reúne servidores de Tribunais de Justiça, Defensorias Públicas, Polícias Judiciárias, Advocacia-Geral da União (AGU), Receita Federal e instituições estaduais e municipais de controle e investigação.

O PNLD tem abrangência nacional e já capacitou mais de 35 mil agentes públicos em 21 anos. Além das edições presenciais, o programa conta com modalidades avançadas e ensino a distância, sempre com o objetivo de fortalecer a atuação integrada no combate ao crime organizado e à corrupção em todas as regiões do País. O curso está disponível na plataforma da Escola Nacional de Administração Pública (Enap).

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Durante os três dias de curso em São Paulo, os participantes terão acesso aos conteúdos como:

Criptoativos e lavagem de dinheiro: riscos, metodologias de análise e indicadores adotados pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), apresentados pelo diretor de Inteligência Financeira, Marcelo Henrique de Ávila.

Recuperação de ativos virtuais: estratégias jurídicas e operacionais abordadas pelo promotor de Justiça Fabiano de Oliveira (MP-RJ), com exercício prático de rastreamento patrimonial.

Atuação do setor bancário e do Banco Central: iniciativas da Febraban para prevenção de fraudes e monitoramento de transações suspeitas com uso de criptoativos, além das normas de compliance e diligência prévia.

Experiências das polícias judiciárias: casos práticos de investigação e repressão a crimes com criptoativos conduzidos pela Polícia Civil de São Paulo.

Crypto Compliance e Rede Nacional de Laboratórios contra Lavagem de Dinheiro (Rede-Lab): normas de monitoramento de transações digitais e o papel estratégico da rede.

Fonte: Ministério da Justiça e Segurança Pública

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Observatório da Violência Contra Jornalistas e Comunicadores Sociais analisa novos casos

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Brasília, 12/06/2025 – A segunda reunião do Conselho Consultivo do Observatório da Violência contra Jornalistas e Comunicadores Sociais ocorreu, de forma híbrida, nessa quarta-feira (11). No encontro, foram avaliadas as denúncias recebidas recentemente e discutidas estratégias de proteção à liberdade de imprensa no Brasil.

Na abertura, os membros da secretaria-executiva do Observatório Victor Semple e Fabiana Queiroz apresentaram um balanço das atividades. Os participantes foram atualizados sobre o andamento das atividades dos grupos de trabalho e apresentados a dois novos relatos que passaram a integrar o monitoramento do órgão.

Entre os novos registros, constam situações que envolvem tentativas de intimidação judicial e econômica contra veículos de comunicação e até perseguição prolongada a profissionais da imprensa. As denúncias relatam práticas como censura indireta, pressões extrajudiciais e ameaças, bem como prejuízos profissionais e patrimoniais aos comunicadores.

Em ambos os casos, as queixas apontam a atuação de órgãos públicos na apuração dos fatos e a necessidade de medidas de proteção e responsabilização.

Denúncias – Os relatos sobre casos de violência contra jornalistas e comunicadores sociais devem ser feitas pela plataforma Fala.Br. Eles podem ser feitos por pessoas físicas ou jurídicas. As denúncias devem conter, no mínimo, a identificação das vítimas e dos agressores e algum contato. Imagens ou vídeos podem ser incluídos no mesmo link.

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O Observatório da Violência contra Jornalistas e Comunicadores Sociais é uma instância colegiada coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), por meio da Secretaria Nacional de Justiça (Senajus). O Conselho Consultivo reúne-se a cada dois meses e tem como missão auxiliar na formulação de políticas públicas de proteção e na proposição de medidas de enfrentamento à violência contra a categoria.

Homenagem

Também foi prestada uma homenagem ao jornalista britânico Dom Phillips, assassinado, em 5 de junho de 2022, junto com o indigenista brasileiro Bruno Pereira durante viagem pelo Vale do Javari (AM), segunda maior terra indígena do Brasil. Na ocasião, eles faziam uma cobertura jornalística sobre atividades ilegais que ameaçam o meio ambiente e as comunidades tradicionais da região. Confira a íntegra da homenagem

O Observatório reafirmou seu papel estratégico na defesa da liberdade de imprensa e no monitoramento das violações cometidas contra profissionais da comunicação, além de exigir justiça e reparação para os familiares e garantir a não repetição desses crimes.

A Medida Cautelar nº 449-22, emitida pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), também foi lembrada como marco na proteção de comunicadores ambientais e indígenas na Amazônia brasileira.

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Fonte: Ministério da Justiça e Segurança Pública

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