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Calderano leva Brasil à maior conquista da história do tênis de mesa nacional. Lula e Fufuca celebram a conquista pelas redes sociais

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Calderano no topo do pódio ao lado de três chineses numa competição disputada na China: título superlativo e simbólico. Foto: ITTF

Uma bandeira brasileira acima de três chinesas e o Hino Nacional em um ginásio lotado em Macau, na China, davam a dimensão do feito que um carioca de 28 anos havia acabado de conquistar. Hugo Calderano precisou de 42 minutos neste domingo de Páscoa para derrubar na decisão da Copa do Mundo o chinês Lin Shidong, número 1 do mundo e praticamente imbatível nos últimos seis meses. 

Eu não sei, é até difícil de falar sobre isso. É surreal. Antes de o torneio começar eu não poderia imaginar, claro, vencer o campeonato. Fiquei muito feliz de assegurar a medalha ao chegar na semifinal. É muito louco saber que inscrevi meu nome na história do tênis de mesa mundial”

Hugo Calderano, atleta do tênis de mesa

A vitória foi de virada e construída com autoridade por 4 sets a 1, com parciais de 6/11, 11/7, 11/9, 11/4 e 11/5. O resultado coroa uma semana perfeita do brasileiro, tricampeão individual dos Jogos Pan-Americanos, semifinalista olímpico e que agora deve voltar à quarta posição no ranking mundial. Ao lado de Hugo no pódio, além de Shidong, outros dois chineses: Wang Chuqin, número dois do mundo, e Liang Jingkun, número quatro. 

“Eu não sei, é até difícil de falar sobre isso. É surreal. Antes de o torneio começar eu não poderia imaginar, claro, vencer o campeonato. Fiquei muito feliz de assegurar a medalha ao chegar na semifinal. É muito louco saber que inscrevi meu nome na história do tênis de mesa mundial”, afirmou Calderano, que se tornou o primeiro não europeu e não asiático a conquistar o título. Para se ter uma ideia da dominância chinesa, a última vez que um não chinês conquistou o título foi em 2017, com o alemão Dimitrij Ovtcharov. 

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Nas redes sociais, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva homenageou o atleta, que há quase 15 anos tem o suporte do Bolsa Atleta do Governo Federal. “Muito feliz com o feito inédito do Hugo Calderano em Macau. Desempenho incrível do atleta top 5 do mundo que há quase 15 anos tem o apoio do Bolsa Atleta do Governo Federal. Parabéns”, disse. 

O ministro do Esporte, André Fufuca, também comemorou a vitória do tenista brasileiro. “A conquista histórica que assistimos hoje é motivo de orgulho para todos os brasileiros. E reforça ainda mais a importância do Programa Bolsa Atleta, que permite aos atletas brasileiros se dedicarem às suas atividades esportivas sabendo que pode contar com o apoio do Governo Federal”.

ABSOLUTO- O torneio reuniu 48 dos melhores atletas do mundo. Durante a competição, Hugo teve outros feitos impressionantes. Na semifinal, derrubou o chinês número dois do mundo, Wang Chuqin, numa virada improvável depois de estar perdendo por 3 sets a 1. Chuqin obteve dois ouros olímpicos em Paris 2024, nas duplas e na equipe. Nas quartas de final, Calderano deixou para trás o prodígio japonês Tomokazu Harimoto, número três do mundo, por 4 sets a 1. Antes, já havia vencido outro japonês nas oitavas e um japonês e um canadense na fase de grupos.  

Ao fim do jogo deste domingo, Hugo deitou no chão da Galaxy Arena e chamou a pequena comissão técnica brasileira para celebrar, composta pelo técnico Thiago Monteiro e por Vitor Ishiy, brasileiro que também disputou a competição. Bruna Takahashi, namorada de Hugo, fez ótima campanha também em solo chinês e chegou às quartas de final. 

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Quatro momentos simbólicos: Calderano com o troféu da Copa do Mundo 2025, a bandeira brasileira sobre as chinesas, o carioca no chão ao lado do técnico Thiago Monteiro e a foto da virada incrível diante do número 2 do mundo na semifinal. Fotos: ITTF
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EMOÇÃO – Na entrevista pós jogo, Hugo lembrou o período duro que atravessou após os Jogos Olímpicos de Paris. Na ocasião, ele obteve a melhor campanha de um atleta das Américas na história, chegou às semifinais e ficou perto da medalha, mas caiu diante do sueco Truls  Möregårdh na semifinal e perdeu o bronze para o francês Felix Lebrun.  “Esse título é importante especialmente depois de Paris. Eu acho que sempre trabalhei muito duro. Eu continuei acreditando em mim mesmo, mas se você falasse comigo um mês atrás, eu estava muito para baixo”, lembrou o brasileiro, emocionado. “Eu quero agradecer todo mundo pelo apoio, pelo suporte. Leio todas as mensagens, não tenho tempo de responder a todos, mas sou grato pelo suporte”. 

HISTÓRIA – Calderano tem sido presença constante no top 10 da modalidade nos últimos sete anos. Em sua trajetória, se consolidou como o melhor brasileiro de todos os tempos no tênis de mesa e melhor das Américas. Foi medalhista de bronze nos Jogos Olímpicos da Juventude em 2014, chegou às oitavas de final nos Jogos Olímpicos Rio 2016, às quartas na edição de Tóquio, em 2021, e semifinalista em Paris 2024. Ao todo, já são 25 títulos conquistados no circuito internacional do tênis de mesa. 

Ascom MEsp com Secom PR

Fonte: Ministério do Esporte

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FIFA endurece punições contra o racismo e recebe apoio do Governo Federal

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A FIFA deu um passo importante no enfrentamento ao racismo no esporte. O novo Código Disciplinar prevê punições mais severas, inclusive a derrota por WO, para clubes envolvidos em casos de racismo. Esse é o tipo de coragem que esperamos das instituições, coragem para mudar as regras e, principalmente, para garantir que sejam cumpridas.

“Recebemos com grande satisfação a decisão da FIFA de revisar e tornar mais rígido o seu Código Disciplinar no combate à discriminação e ao racismo no futebol. O racismo não tem mais espaço dentro ou fora dos campos. A responsabilidade é de todos (clubes, federações, atletas, dirigentes e torcedores). Como ministro do Esporte, estamos vigilantes, promovendo conscientização e endurecendo nossas regras com ações que fortaleçam o respeito, a dignidade e os direitos humanos no esporte e na sociedade”, destacou o ministro André Fufuca.

Para o Governo Federal, promover ambientes esportivos livres de racismo é uma prioridade. O Ministério do Esporte e o Ministério da Igualdade Racial têm avançado em parcerias e articulações por um Brasil mais igual, onde pessoas plurais possam jogar, torcer, viver e existir com dignidade e respeito.

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“A decisão da FIFA representa um importante avanço na agenda de combate ao racismo nos esportes e se soma ao trabalho do Governo Federal para tornar os ambientes esportivos espaços de igualdade, respeito e transformação. Como atleta, mas especialmente como ministra da Igualdade Racial, acompanharei essa decisão e sua aplicação prática. O futebol é paixão popular e espaço de resistência. Racismo não é opinião, é crime e precisa ser tratado com a seriedade que merece”, afirmou a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco.

Um exemplo disso é o Acordo de Cooperação Técnica para intensificar o combate ao racismo no esporte em todo o país. A parceria prevê uma série de ações de conscientização, formação e monitoramento da discriminação racial no ambiente esportivo, abrangendo desde atletas e torcedores até entidades esportivas.

Outro exemplo de avanço é a proposta de mudança na Lei Geral do Esporte, apresentada pelo Ministério do Esporte, que cria um novo requisito, clubes, federações e confederações de todas as modalidades esportivas deverão adotar medidas práticas de combate ao racismo. Caso contrário, ficarão impedidas de receber recursos públicos federais.

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Assessoria de Comunicação – Ministérios do Esporte e da Igualdade Racial

Fonte: Ministério do Esporte

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