Tecnologia
Brasil vai ampliar produção de insulina com nova planta da Novo Nordisk

Na data em que é celebrado o Dia Mundial da Saúde, a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, participou, nesta segunda-feira (7), ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do anúncio de investimentos da Novo Nordisk, em Montes Claros, no Norte de Minas Gerais. A empresa é importante fornecedora de insulina para o Sistema Único de Saúde (SUS) e gera, atualmente, 2,65 mil empregos diretos e indiretos na cidade mineira.
Com um investimento previsto de R$ 6,7 bilhões, a ampliação da fábrica permitirá aumentar a atual produção de insulina em 43%, gerando capacidade de produção de 110 milhões de ampolas para canetas de administração subcutânea. A nova planta terá ainda a capacidade de produzir diferentes tipos de medicamentos, incluindo os que são à base de GLP-1, utilizados no tratamento de diabetes e de obesidade.
“A economia da saúde é um dos setores de maior crescimento em todo o mundo e a saúde brasileira atingiu uma escala econômica de uma importante pauta científica e que nos cobrou um novo salto estrutural. O nome deste salto é competitividade tecnológica. É adensamento de cadeias produzidas, é investimento em pesquisa, é substituição de importação, é comércio” cravou o presidente Lula, durante o discurso.
Para a ministra Luciana Santos, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação tem como missão atuar para fortalecer o sistema de pesquisa brasileiro. “A inovação e a tecnologia têm papel fundamental na área da saúde, pois impactam diretamente a qualidade de vida da nossa gente. O MCTI encara esta missão com compromisso e atua para fortalecer o setor da saúde, porque é por meio do conhecimento que construímos soluções para os nossos desafios”, enfatizou a titular da pasta.
A produção atual da empresa em Minas Gerais é responsável por 25% da insulina que a Novo Nordisk produz mundialmente, representando cerca de 12% da insulina consumida no mundo inteiro e, também, grande parte do total das exportações brasileiras do complexo da saúde.
Na solenidade, o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, destacou os avanços da indústria brasileira nos últimos anos. “O presidente Lula está recuperando e fortalecendo a indústria, que pesquisa mais, inova mais e paga melhores salários. É um setor mais inovador, com pesquisa, desenvolvimento e inovação, com taxa TR com juros de 4%”, pontuou Alckmin.
Investimentos do MCTI
O MCTI, por meio da Secretaria de Políticas e Programas Estratégicos (SEPPE), está coordenando ações para fortalecer o Complexo Econômico Industrial da Saúde (CEIS) no Brasil. Com o lançamento de três chamadas públicas, o MCTI está investindo em áreas estratégicas para a saúde, como saúde mental; enfrentamento da influenza aviária e Síndrome de Down.
Graças à recomposição do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) e à redução dos juros para projetos inovadores, o MCTI e a Finep investiram mais de R$ 4,1 bilhões no setor da saúde em 2023 e 2024, no âmbito da Nova Indústria Brasil (NIB), incluindo contrapartidas.
Em 2024, foram aprovados 51 projetos com recursos não reembolsáveis, totalizando R$ 693 milhões para apoiar a pesquisa e o desenvolvimento de insumos farmacêuticos ativos (IFAs) e terapias avançadas. Também foi lançada uma chamada pública contínua de subvenção econômica, com R$ 250 milhões disponíveis, dos quais R$ 192 milhões já foram contratados para 18 projetos estratégicos para o SUS.
Também, através de crédito com taxas subsidiadas, foram contratados em 2023 e 2024 23 projetos com valor total de R$ 2,4 bilhões para o desenvolvimento de produtos derivados da matéria-prima vegetal da biodiversidade brasileira; desenvolvimento de novos medicamentos, inovação incremental e novas formulações; desenvolvimento de primeiros genéricos e de biossimilares estratégicos para o SUS.

Tecnologia
MCTI investe em infraestrutura multiusuários e renovação tecnológica em laboratórios de astrofísica

A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Luciana Santos, esteve em Minas Gerais nesta quinta-feira (25/4), celebrando importante momento para a astrofísica brasileira. A ministra visitou o Laboratório Nacional de Astrofísica (LNA), em Itajubá, que comemora seus 40 anos, e o Observatório Pico dos Dias (OPD), na divisa com Brazópolis, palco do anúncio da sua ampliação e modernização, que celebra também os 45 anos da “primeira luz”.
A passagem da ministra pelo LNA foi marcada por uma cerimônia comemorativa que ressaltou a trajetória de quatro décadas de um centro que se consolidou como referência em infraestrutura de ponta, formação de cientistas e desenvolvimento de instrumentação científica de alto nível. O laboratório é um exemplo concreto do papel estratégico das unidades de pesquisa do MCTI.
A ministra Luciana Santos enfatizou a relevância dos equipamentos e da área para o desenvolvimento nacional. Segundo ela, “esses são equipamentos muito importantes para uma ciência e tecnologia que são muito estratégicas, que é a astrofísica, com toda sua complexidade”.
Para o Diretor do Laboratório Nacional de Astrofísica, Dr. Wagner José Corradi Barbosa, “a presença da ministra Luciana Santos, primeira mulher a comandar o MCTI em 40 anos, no evento de celebração dos 40 anos do LNA e 45 anos do OPD, revigorou as forças de toda a equipe para continuarmos a impulsionar novas descobertas. De forma muito carinhosa, ela reforçou a importância da instituição para a excelência da astronomia brasileira, tanto por meio da disponibilização da infraestrutura observacional, quanto pela capacidade instalada para construção de instrumentação científica que nos permite exportar alta tecnologia”.
O LNA oferece acesso aberto a telescópios para a comunidade científica brasileira e participa ativamente de consórcios internacionais. Também constrói instrumentos de alta precisão para os maiores observatórios do mundo, contribuindo significativamente para a divulgação científica e a popularização da ciência.
Investimento em infraestrutura
A visita ao Observatório Pico dos Dias foi marcada por momento simbólico que dá início à ampliação e modernização de suas instalações. Com o apoio do MCTI, via Finep, o Observatório receberá um investimento de mais de R$ 30 milhões para a implantação de nova infraestrutura multiusuários e a renovação tecnológica, com a instalação de seis novos telescópios robóticos e a ampliação de suas capacidades operacionais.
O Observatório Pico dos Dias, lar de um dos maiores telescópios da América do Sul, é considerado um orgulho da ciência brasileira e um exemplo de como a colaboração entre ministérios, universidades, indústria e governos locais pode impulsionar a inovação.
A ministra apresentou dados que evidenciam o aumento significativo dos investimentos em ciência, tecnologia e inovação em Minas Gerais. Segundo Luciana Santos, “nunca se investiu tanto em ciência, tecnologia e inovação. Em Minas Gerais, no período de 2019 a 2022, os desembolsos médios anuais eram da ordem de R$ 165 milhões. Já nos anos de 2023 e 2024, esses desembolsos anuais médios alcançaram mais de R$ 700 milhões aqui no estado, uma evolução superior a 320%. E, no mês de abril, os desembolsos já superavam R$ 232 milhões, volume 40% superior à média do período de 2019 a 2022”.
“Os investimentos feitos pelo MCTI, via Finep, permitirão que o LNA continue a cumprir sua missão de liderar o avanço da astronomia brasileira, ampliar a interação com o setor produtivo e investir na popularização da ciência”, disse o diretor do Laboratório com entusiasmo.
Por fim, a ministra reforçou o compromisso do governo federal com o fortalecimento da ciência nacional. “Neste ano em que o LNA completa 40 anos e o OPD, 45, celebramos também os 40 anos do nosso Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. E seguimos firmes no compromisso de fortalecer cada vez mais a ciência nacional”, disse.
A visita da ministra aos observatórios mineiros reforça o papel da ciência e tecnologia para o desenvolvimento do país e celebra a história de instituições que moldaram a astrofísica brasileira. “Não temos dúvidas. O futuro do Brasil passa pelo investimento em conhecimento, inovação e educação científica. Não há desenvolvimento sustentável sem ciência. E não há soberania tecnológica sem investimento constante em pesquisa básica e infraestrutura”, finalizou a ministra.
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