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Após 20 anos de espera, Senado aprova marco legal dos bioinsumos

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Depois de duas décadas de tramitação, o Senado Federal aprovou nesta terça-feira (03.12) o marco legal dos bioinsumos. A proposta regulamenta a produção, o uso e a comercialização desses produtos no Brasil, que são de origem natural, animal, vegetal ou microbiana e utilizados como alternativas para combater pragas agrícolas e melhorar a produtividade. O projeto foi aprovado de forma simbólica e agora segue para a sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Entre os principais avanços, o texto estabelece regras claras para o registro e utilização de bioinsumos, isenta de registro produtos destinados ao uso próprio e cria uma taxa para financiar a fiscalização do setor pelo Ministério da Agricultura. Essa estrutura é vista como um passo importante para consolidar o Brasil como líder mundial na produção de insumos mais sustentáveis para a agropecuária.

O relator da proposta, senador Jaques Wagner (PT-BA), destacou a importância estratégica do marco legal para a agricultura brasileira e sua relevância no cenário internacional. “Esses produtos vão permitir uma produção mais saudável e menos agressiva ao meio ambiente. O mundo inteiro olha para o Brasil por nossa capacidade de desenvolver esse tipo de tecnologia”, afirmou o parlamentar, lembrando que mais de 60% dos agricultores brasileiros já utilizam biodefensivos e biofertilizantes.

Outro ponto de destaque é a definição de competências para a concessão de registros. O Ministério da Agricultura será o principal responsável, mas a Anvisa e o Ibama continuarão a opinar sobre novos produtos fitossanitários. Produtos usados no solo e adubos, por outro lado, não precisarão do crivo de órgãos de saúde e meio ambiente, agilizando processos e fomentando a adoção de bioinsumos.

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Presente na votação, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, celebrou a aprovação como um avanço crucial para a agropecuária nacional. “Estamos garantindo eficiência e qualidade nos produtos brasileiros. Essa aprovação fortalece a produção sustentável e evita fragilidades que poderiam comprometer nossa competitividade global”, declarou.

Imagem: assessoria

Para o presidente do Instituto do Agronegócio (IA), Isan Rezende (foto), a aprovação é um marco histórico para o setor. “Os bioinsumos representam uma alternativa sustentável e eficiente para os nossos produtores, reduzindo custos e impactos ambientais. O Brasil já é referência em agricultura, e agora temos as bases para liderar também na produção e utilização desses insumos naturais, tão demandados pelo mercado global”, comentou.

Rezende também ressaltou o impacto positivo da regulamentação sobre a segurança alimentar e a preservação ambiental: “Com os bioinsumos, damos um passo significativo para produzir alimentos mais saudáveis e com menos agressão ao solo e à biodiversidade. Isso reflete o compromisso do agronegócio brasileiro em buscar soluções inovadoras que atendam tanto às exigências dos consumidores quanto às necessidades de preservação do meio ambiente”.

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O presidente do IA ainda destacou a importância de simplificar processos para estimular a adoção da tecnologia por pequenos e médios produtores: “A isenção de registro para o uso próprio e a desburocratização no caso de insumos já utilizados são vitais. Elas garantem que todos, desde o pequeno agricultor até os grandes produtores, possam acessar e se beneficiar dessa tecnologia. Estamos criando um modelo de produção que é sustentável e inclusivo, algo que fortalece o agronegócio como motor da economia brasileira”.

A proposta ainda deixa em aberto a necessidade de técnicos habilitados na produção de bioinsumos para uso próprio, o que será decidido futuramente pelo governo federal. No entanto, o marco já é visto como um divisor de águas para a agricultura sustentável, promovendo o equilíbrio entre inovação, produtividade e preservação ambiental.

Agora, o texto segue para a sanção presidencial, para que o Brasil possa consolidar sua posição como referência mundial no uso de bioinsumos, fortalecendo o agronegócio e impulsionando uma produção mais alinhada às demandas globais por sustentabilidade.

Fonte: Pensar Agro

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AGRONEGÓCIOS

Mauro Mendes reúne ALMT e setor produtivo para informar veto total a PLC 18 que prevê a reclassificação do bioma

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JB News

Por Jota de Sá

 

O governador Mauro Mendes, juntamente com os deputados estaduais, e setor produtivo de Mato Grosso reuniram na tarde desta segunda-feira 20.01, para debater o Projeto de Lei Complementar (PLC) 18.2024, que prevê a reclassificação dos biomas. que segundo estudiosos ameaça cerca de 55 mil hectares da floresta Amazônica. O projeto foi proposto pelo governo estadual e aguardava a sanção  do governador. E nesta segunda-feira, Mauro Anunciou veto total ao próprio projeto. Devido as diversas criticas e ameaças de judicialização.

 

Para alguns o projeto pode representar um retrocesso ambiental, permitindo o desmatamento em áreas de grande importância na região da Amazônia mato-grossense.

O PLC permite a reclassificação do bioma a partir do critério que levou o entendimento de que toda a área da Amazônia passasse a ser cerrado. Segundo os especialista a manobra jurídica contraria as normas do Código Florestal.

Os deputados estaduais aprovaram o substitutivo integral, apresentado pelo deputado Nininho do PSD na semana passada.

Segundo o governador, após ver os pareceres técnicos, e ouvir os setores produtivos decidiu vetar 100% da PLC. Afirmou ainda que vai construir um grupo de trabalho nos próximos 90 dias, e apresentar um novo projeto mais consistente, e que respeita a legislação ambiental brasileira. E que inclusive traga mais segurança jurídica na aprovação do Cadastro Ambiental Rural (CAR).

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Para a Secretaria de Meio Ambiente Estadual Mauren Lozzareti, a atualização é necessária, mas é preciso analisar tecnicamente. E que o IBGE tem uma base de referencia do Car de melhor analise.

A legislação federal se baseia na classificação dos biomas elaborada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), órgão oficial que leva em consideração outros fatores como relevo.

Para os deputados estaduais, é importante resolver os critérios técnicos para evitar futuras judEMABRACOicializações.

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