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A pedido dos EUA, Argentina confiscará avião venezuelano

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Avião cargo estatal venezuelano Emtrasur - 20.06.2022
Divulgação Emtrasur: 20.06.2022

Avião cargo estatal venezuelano Emtrasur – 20.06.2022

A Justiça da Argentina aceitou um pedido do governo dos EUA para confiscar uma aeronave venezuelana retida desde junho em Buenos Aires, e cuja tripulação foi impedida de deixar o país. O caso vem estremecendo as relações entre as autoridades argentinas e venezuelanas, e provocaram declarações pouco amistosas de governistas em Caracas.

Na decisão, o juiz Federico Villena aceitou os argumentos da promotora Cecilia Incardona, responsável pelo caso, e de do juiz Michael Harvey, de um tribunal no Distrito de Columbia, e emitiu a ordem de confisco do Boeing 747 da empresa venezuelana Emtrasur, por considerar que “foram violadas as leis de controles de exportações dos EUA”.

A Justiça dos EUA alega que os venezuelanos compraram a aeronave da empresa iranana Mahan Air, que está sob sanções desde 2008 — documentos obtidos pelo La Nación revelam que a operação foi viabilizada através de uma triangulação envolvendo uma empresa dos Emirados Árabes Unidos, como forma de driblar as restrições do Departamento do Tesouro.

A Emtrasur é ligada à estatal venezuelana Conviasa, que também aparece na lista de sanções do governo americano.

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Além do confisco, a decisão do juiz Villena permitiu que agentes do FBI entrassem na aeronave, o que aconteceu já nesta quinta-feira: segundo o La Nación, eles estão fazendo um inventário de todos os itens a bordo e realizando uma inspeção técnica.

O magistrado também determinou que o Serviço de Delegados dos EUA, agência ligada ao Departamento de Justiça, passe a se responsabilizar pela manutenção da aeronave, incluindo o pagamento das taxas de permanência no aeroporto de Ezeiza, nos arredores de Buenos Aires.

Pelo tratado de colaboração entre Argentina e EUA, não existe a necessidade do crime que motivou o pedido de Washington ser previsto pela legislação argentina para que o confisco seja ordenado, no caso, as sanções contra o Irã e a Venezuela.

Fissuras diplomáticas

No dia 6 de junho, o Boeing 747-300, de matrícula YV 3531, chegou do México com uma carga de peças de veículos automotores, fazendo uma escala em Córdoba, na Argentina — segundo as autoridades locais, as empresas que operam no aeroporto de Ezeiza se recusaram a abastecer a aeronave. 

Dois dias depois, o avião decolou rumo a Montevidéu, mas teve negada a entrada no espaço aéreo uruguaio, e acabou retornando a Buenos Aires, onde permanece até hoje.

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Além do Boeing 747-300, a tripulação de 19 pessoas — 14 venezuelanos e cinco iranianos — segue impedida de deixar a Argentina. Um deles, o piloto da aeronave, Gholamreza Ghasemi, é suspeito de ter laços com a Força Quds, considerada o braço da Guarda Revolucionária iraniana para ações no exterior, e com o Hezbollah, grupo político-militar do Líbano, ambos considerados organizações terroristas pelo governo americano.

O incidente já provoca fissuras nas relações entre Buenos Aires e Caracas: na segunda-feira, o presidente Nicolás Maduro disse ao seu homólogo argentino, Alberto Fernández, que estava “bem irritado com o roubo do avião”. 

Protestos pela liberação dos tripulantes foram realizados em Caracas, e o presidente da Assembleia Nacional, o chavista Jorge Rodríguez, disse que se tratou de um “sequestro vulgar”.

Apesar de impedidos de sair do país, os 19 tripulantes não estão presos, mas seus passaportes estão em poder da Justiça argentina.

* Com informações de agências internacionais

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Fonte: IG Mundo

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Saiba quem era o jovem de 14 anos morto por uma espada em Londres

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Ataque com espada em área suburbana de Londres deixa 1 morto e 4 feridos
Reprodução/Met Police

Ataque com espada em área suburbana de Londres deixa 1 morto e 4 feridos

A polícia de Londres informou que um jovem de 14 anos morreu após ser ferido por uma espada em um ataque em Hainault, uma área suburbana no leste de Londres, nesta terça-feira (30).

O adolescente foi identificado como Daniel Anjorin. Ele estava a caminho da escola quando foi atingido pela espada e chegou a ser levado para um hospital, mas não resistiu aos ferimentos.

De acordo com a polícia, outras quatro pessoas foram feridas no ataque – entre elas, dois policiais.

A polícia prendeu um suspeito de 36 anos na cena do crime. Ele havia batido sua van em uma propriedade na região e, em seguida, feriu um homem de 33 anos no pescoço com a espada. Depois, machucou os braços de um homem de 35.

O suspeito foi levado ao hospital sob custódia da polícia, uma vez que estava ferido em decorrência do acidente com a van.

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À BBC, o detetive Larry Smith disse que o caso requer ‘uma investigação complexa por conta do número de cenas do crime, evidências forenses, horas de registros de câmeras de seguranças e testemunhas com quem precisaremos falar”.

Comunidade lamenta a morte de Daniel Anjorin

Daniel Anjorian, que morreu no ataque com espada em área suburbana de Londres
Reprodução/Met Police

Daniel Anjorian, que morreu no ataque com espada em área suburbana de Londres

Em nota, a escola Bancroft’s School, onde Daniel estudava, disse que seus membros estão ‘devastados pelas tristes notícias sobre a morte de Daniel’, que começou a estudar lá aos sete anos.

“Daniel ingressou em Bancroft aos sete anos de idade e rapidamente se tornou um membro importante de nossa comunidade. (…) Sua natureza positiva e caráter gentil deixarão um impacto permanente em nós. (…) Estamos fazendo tudo o que podemos para apoiar toda a nossa comunidade durante essa situação tão dolorosa”, disse a instituição no comunicado.

Daniel estudava na mesma escola que Grace O’Malley-Kumar, vítima de um ataque a faca em Nottingham.

A escola onde a mãe de Daniel é professora de ciências também publicou uma nota sobre o ocorrido em seu website. “É com grande tristeza que compartilho a notícia da morte do filho de um dos nossos membros do corpo docente. O filho da Sra. Anjorin foi tirado desta vida de repente enquanto ia para a escola nesta manhã. Por favor, incluam a Sra. Anjorin, seu marido e suas crianças nas suas orações’, diz.

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Fonte: Internacional

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