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Empreendedora de MT revoluciona o agronegócio com tecnologia e desenvolve soluções para produtores de sete estados brasileiros

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Empreendedora revoluciona o agronegócio com tecnologia e desenvolve soluções para produtores de sete estados brasileiros
Aline Catiusce criou a empresa de software Hisower, em 2012, em Rondonópolis, e atua na otimização de processos que envolvem a cadeia de produção de sementes
Com apoio do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT), a Hisower tem se destacado ao oferecer soluções digitais para o agronegócio. Criada em 2012, em Rondonópolis, pela empreendedora Aline Catiusce, a agtech desenvolve plataformas digitais que otimizam o gerenciamento de todas as atividades de uma propriedade rural e atende clientes em sete estados brasileiros.
Ao iniciar a faculdade, Aline decidiu seguir um caminho diferente e desafiador. Enquanto observava que alguns colegas optavam por carreiras em agronomia ou direito, ela escolheu a tecnologia para atuar. “Um professor chegou a me dizer que a desistência no curso era muito grande, principalmente de mulheres. Foi aí que decidi que era exatamente isso que faria”, relembra a empreendedora.
Após se formar em ciência da computação, ela começou a trajetória em uma cooperativa de crédito, onde percebeu uma lacuna importante: muitos produtores tinham dificuldade em acessar linhas de crédito devido à falta de informações organizadas. “Os sistemas existentes eram muito complexos para o produtor rural, que acabava recorrendo a planilhas, gerando inconsistências nos dados”, explica.
Com essa experiência em mente, ela uniu forças com o esposo, que já atuava na área de tecnologia para o agronegócio, e fundou a Hisower em 2012. Inicialmente focada em produtores de grãos, a empresa logo percebeu a necessidade de um sistema especializado para produtores de sementes. Hoje, a plataforma da empresa oferece rastreabilidade completa, auxiliando desde o plantio até a comercialização, além de proporcionar ferramentas para análise de custos e eficiência operacional.
Apesar dos desafios de empreender em tecnologia no setor rural, ela se destaca pela paixão em transformar ideias em soluções práticas. “É muito gratificante quando alguém diz que nosso sistema era exatamente o que precisava”, afirma.
A empresa se mantém em constante evolução, mesmo diante de adversidades como a pandemia, que exigiu uma rápida adaptação às novas demandas do mercado. Foi após esse período que a empreendedora conheceu as soluções oferecidas pelo Sebrae e começou a participar de consultorias, eventos e programas de liderança.
“Precisávamos fazer diferente. Foi aí que nos inscrevemos no projeto Inova Amazônia e passamos pelos processos de pré-aceleração, aceleração e até internacionalização. Nós aprendemos muito e eu vejo que se eu tivesse ido atrás do Sebrae antes, as coisas teriam sido muito diferentes. Hoje temos bons resultados porque contamos com esse apoio e, sempre que estamos com algum problema em algum setor, contamos com o Sebrae para estar nos ajudando”. Segundo ela, a instituição foi crucial para aprimorar aspectos administrativos e financeiros da empresa para permitir um crescimento mais sustentável.
Hoje, a Hisower emprega 17 colaboradores e a empreendedora enfatiza a importância de engajar sua equipe. “Não crescemos sozinhos. Minha equipe é incrível, e trabalhamos para garantir que todos tenham uma visão clara de seu crescimento dentro da empresa”.
Seu trabalho foi reconhecido com o Prêmio Sebrae Mulher de Negócios 2024, após ficar em 1º lugar na categoria Ciência e Tecnologia, na etapa estadual. “Receber esse prêmio no meu estado foi um grande reconhecimento. É importante valorizar mulheres que estão transformando o dia a dia e contribuindo para o crescimento regional”.
Com clientes em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, São Paulo, Minas, Goiás e Tocantins, Aline sonha em expandir ainda mais a Hisower e levar transformação para propriedades rurais de todo o país e incentivar a presença feminina na tecnologia, especialmente no agronegócio, inspirando jovens a explorar essa área promissora.
“Nosso estado é rico e inovador e as mulheres podem liderar essa transformação. Trabalhar com ciência e tecnologia é desafiador, mas essencial para o futuro”, destaca.
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Empreendedora criou empresa que oferece soluções inovadoras para produtores rurais – Foto: Sebrae/MT
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Nacional

Inquérito apura prejuízos causados a pessoas LGBTQIA+ pelas mudanças anunciadas pela Meta

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JB News

 

O MPF pediu informações à empresa sobre ações adotadas para combater a LGBTfobia e transfobia em suas plataformas

Arte: Comunicação/MPF

No Acre, o Ministério Público Federal instaurou inquérito civil público para investigar se as recentes mudanças de políticas e diretrizes anunciadas pela empresa Meta (controladora das plataformas de redes sociais Facebook, Instagram e Whatsapp) violam direitos de pessoas LGBTQIA+, especialmente da população trans. Alterações nas Diretrizes de Comunidade da empresa passaram a permitir a publicação de posts que associam “doenças mentais” à identidade de gênero ou à orientação sexual. O inquérito civil tem o objetivo de investigar se a medida deixa essas populações mais vulneráveis ao discurso de ódio e à violência.

O MPF solicitou que o escritório da Meta no Brasil informe, em até 20 dias, quais razões levaram à retirada da proteção de pessoas LGBTQIA+ nas Diretrizes da Comunidade, documento que detalha as regras de conduta para uso das plataformas e elenca conteúdos que podem levar à exclusão de posts ou contas. O órgão também questiona de que forma a empresa pretende combater a LGBTIfobia, considerada crime equiparado ao racismo, em suas plataformas.

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Anunciadas no início do mês, as alterações nas políticas da Meta geraram polêmica. A empresa decidiu abandonar a checagem independente de publicações para postagens originadas a partir dos Estados Unidos, adotando o modelo de Notas da Comunidade, em que os próprios usuários das redes apontam problemas ou informações falsas nos conteúdos veiculados nas plataformas. Além disso, ajustou o filtro que derruba postagens de forma automática e flexibilizou as regras para o que é considerado discurso de ódio. Com isso, passou a ser possível associar as pessoas LGBTQIA+ a doenças mentais.

O inquérito foi instaurado pelo procurador regional dos direitos do cidadão do MPF no Acre, Lucas Costa Almeida Dias, a partir de representação da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), que manifesta preocupação com os direitos e a proteção da população LGBTQIA+, especialmente das comunidades travestis e trans. A representação aponta falhas e omissão no combate à transfobia pelas redes sociais e lembra que o Brasil é o país que mais mata pessoas trans no mundo.

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